Relatos de uma quarta-feira qualquer
Você tem se permitido sentir? Sim, abrir aquela caixa
escondida de sensações sem o julgamento interno?
Estou refletindo muito sobre isso. Afinal, neste momento, todos
os meus sentimentos estão misturados e alguns escondidos. Acredito que por não
querer lidar com algumas situações internas, mascarei muitos deles e, com isso,
percebi um boicote de toda a beleza do viver.
Somos habituados por questões sociais a conduzir nossa
rotina de forma mecânica. É preciso estar sempre bem para todas as situações da
vida, mesmo que isso signifique magoar profundamente nosso íntimo. Colocamos
nosso mais reservado sentimento em segundo lugar.
Essas avaliações são fruto de um exercício diário exaustivo.
Em busca de estar confortável em minha própria pele tenho enfrentado com mais
franqueza todas as emoções e sentimentos. Descontruindo amarras e,
principalmente, a necessidade de agradar ao outro em qualquer situação.
Não faz sentido, hoje, que eu viva na tentativa de encaixar
meus valores e ações dentro de padrões de pessoas que não demostram apreço ou
respeito. E isso, pode vir de pessoas próximas mesmo ou não. Quem nunca se viu
deixando de dizer algo ou de se posicionar somente por saber que alguém da
família não está disposto a ouvir com respeito?
Vamos romper com essas pessoas? Não, mas é importante romper
com o ciclo. Pode até existir um
distanciamento inicial. São situações
como essa que tem exigido mais da minha capacidade de viver coletivamente sem
abrir mão de mim. Ser mais claro com minhas vontades e emoções para externar
isso de forma amável e de fácil entendimento pelo outro.
A minha caminhada tem sido penosa em alguns dias e cheia de
alegrias em outros, assim como todos os dias de nossas vidas. Porém, alinhar
meus sentimentos e ter compromisso em primeiro lugar comigo tem me feito ver
mais belezas nas relações.
Para fechar, entendo que estar confortável verdadeiramente comigo
é mais importante do que viver confortavelmente com o outro apenas por uma
conveniência imposta. Tudo isso, sem deixar a amorosidade e o respeito pelos
demais de lado. Faz sentido para
você?
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